Você já ficou super ansioso(a) para conhecer um lugar específico em alguma viagem? Tão animado(a) que mal conseguiu dormir na noite anterior? Já sentiu aquele frio na barriga só de imaginar o que estaria por vir e de todas as sensações novas que experimentaria?  Bem, não sei se você já passou por alguma situação assim, mas era exatamente desse jeito que eu me sentia nos dias que antecederam a nossa aventura pelo Salar de Uyuni!

E enfim este grande dia tinha chegado! Depois de todos os quilômetros percorridos em meio ao deserto boliviano e depois de todas as experiências acumuladas naqueles dois dias intensos de viagem, era hora de conhecer o maior deserto de sal do mundo!


Se você não viu como foram os dois primeiros dias da Travessia do Salar de Uyuni, confira os posts aqui:

E aqui você confere um guia completo sobre o Salar de Uyuni com todas as dicas que você precisa sobre este lugar!


A imensidão do Salar de Uyuni

Começando o dia

Acordei ainda meio sonolento e desliguei o despertador. 4 horas da madrugada. O cansaço estava acumulado, estávamos de férias, ainda nem tinha amanhecido e novamente o dia iria começar bem cedo pra gente!

Tudo bem! Sem problemas! Todo aquele sacrifício era por uma boa excelente razão. Aquele dia começaria diferente, de uma forma única! Iríamos presenciar algo que muita gente sonha em ver e que muitos nem sabem que existe: o nascer do sol em meio à imensidão de sal do Salar de Uyuni.

Como ao final do passeio iríamos retornar para o hotel em que estávamos e não seguir viagem de volta a San Pedro do Atacama, decidimos deixar nossos mochilões por lá mesmo.

A mochila de ataque que levaríamos para o tour iria apenas com o essencial:

  • Câmera fotográfica + tripé + cartões de memória + bateria extra
  • Alguns bolivianos trocados
  • Protetor solar
  • Papel higiênico (nunca se sabe quando a natureza vai nos chamar, né? kkk)

Nossa saída estava prevista para as 5 horas da manhã.

Depois de nos preparar, nos dirigimos até a recepção do hotel, onde todos do nosso grupo já estava a espera do Ruben (nosso guia). Mas como ele acabou se atrasando um pouco, só saímos às 5h30.

O motivo do atraso: ele tinha ido em algum lugar (que eu não faço ideia de onde era) buscar as nossas botas!

Eu não comentei antes, mas, no dia anterior, assim que chegamos no hotel, o Ruben perguntou ao nosso grupo se iríamos querer alugar galochas, e nós aceitamos.

Anote esta dica: Se o Salar estiver espelhado (leia-se alagado) as botas de borracha evitarão que você molhe e encha de sal o seu calçado. (O aluguel das botas nos custou  apenas 30 bol por pessoa – cerca de 15 reais)
Definitivamente, não vale economizar aqui! Afinal, v
ocê não vai querer ficar com os pés molhados, gelados e salgados durante o passeio inteiro, né?

4×4 cruzando o Salar alagado

O inesquecível nascer do sol no Salar de Uyuni

O Salar fica pertinho da cidade de Uyuni. Rodamos por alguns minutos por entre ruas estreitas, e ao pegar uma estradinha de terra, já avistamos aquela imensidão de sal. Apesar de ainda estar bem escuro, já dava para ter uma noção da amplitude daquilo tudo!

Assim que o Ruben chegou na “borda” do Salar ele desacelerou… na nossa frente, somente água!

Por causa das chuvas, o Salar tinha se transformado em uma imensa poça d’água!!!

A medida que íamos avançando com o carro a água ia subindo… em certos trechos, ela chegou a cobrir quase todo o pneu.

Apesar de ter lido relatos e relatos sobre essa viagem, eu nunca imaginei que o Salar pudesse ficar daquele jeito. Era impressionante!

Aos poucos fomos avançando cada vez mais. Era como se estivéssemos andando sobre as águas… não tinha estrada, não tinha sinalização, a única referência era o sol, que apesar de ainda não ter dado as caras, já começava a colorir o horizonte.


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Ao longe, víamos um ou outro pontinho de luz que pareciam ser vaga-lumes, mas na realidade eram outros 4×4 com mais turistas.

A verdade é que demos uma sorte imensa! De dezembro a março é a época de chuvas no Salar… é neste período que a gente consegue encontrar o Salar de Uyuni espelhado, refletindo o céu: um sonho! Mas também, é neste período que corremos maiores riscos de nem ter a oportunidade de entrar no Salar por causa da quantidade de água.

Alguns dias antes da nossa viagem, o Salar estava completamente alagado por causa das chuvas intensas. E por este motivo todos os passeios foram suspensos.

Primeira parada do tour: fotografar o nascer do sol

O Ruben nos explicou que apesar de o Salar parecer totalmente plano, ele possuiu algumas depressões e buracos que se enchem de água e viram uma verdadeira armadilha. Dependendo do nível, a chance de afundar o carro na água salobra é muito grande.

Após alguns bons minutos percorrendo o Salar com a maior cautela do mundo, fizemos a primeira parada. Ali desceríamos para assistir o nascer do sol.

Quando abri a porta e olhei para o chão, fiquei mais incrédulo ainda com aquele tanto de água. Não tinha jeito, teríamos que colocar as galochas de dentro do carro mesmo.

Cada um pegou a sua bota, calçamos e descemos. O frio era intenso e a água, que em determinados pontos ultrapassava nossos tornozelos, estava geladíssima. 

Timidamente, começamos a fazer algumas fotos… confesso que o frio e aquela água toda diminuiram momentaneamente o nosso entusiasmo rsrs

Mas, foi só o sol começar a surgir que o céu e o chão foram ganhando as mais variadas cores

Um espetáculo que merece ser presenciado pelo menos uma vez na vida!

Conforme o sol foi surgindo, fomos ficando cada vez mais animados e o incomodo por causa do frio ia ficando de lado.

Foram muitas e muitas fotos, sendo que a cada minuto elas iam ficando diferentes. O lugar era o mesmo, as pessoas eram as mesmas, mas o céu (e consequentemente o chão) a cada segundo mudava.

Se o Salar não foi o lugar mais lindo que fomos no mochilão, com certeza ele está entre os primeiros!


Com o sol já brilhando e o céu cada vez mais azul, voltamos para o carro, andamos mais um pouquinho e chegamos no Museu de Sal.


Café da manhã no Museu de Sal

Neste ponto, o Ruben nos deixou perto do famoso monumento do Rally Dakar e seguiu para o Museu de Sal (que ficava logo mais a frente), onde seria servido o nosso café da manhã.

O monumento do Rally Dakar tem cerca de 5 metros de altura, é todo feito de sal e marca a passagem do rally pela Bolívia.

Monumento Rally Dakar – não pense que foi fácil tirar esta foto assim, sem ninguém ao lado. Nos bastidores, bem atrás da câmera, tinha um bando de turistas loucos para que chegasse a vez deles

Aproveitamos um pouco a vista, e depois fomos caminhando (quase que nadando!rsrs) até o Museu de Sal.

Museu de Sal

O Museu de Sal já foi um hotel, mas hoje se encontra desativado. Pelo nome, já dá pra imaginar que por lá tudo é feito de sal, né? Mesas, cadeiras, paredes, todas as estruturas, tudo sal!

Chegando lá, fomos correndo procurar um banheiro – que custou 5 bolivianos por pessoa (+ou- R$ 2,50). Não sei você, mas quando estou com frio, a vontade de fazer xixi é sempre maior e mais constante ???

Um dos ambientes do Museu de Sal (note como toda a estrutura é feita de sal)

O banheiro aqui é extremamente simples e não possui descarga, e a água para lavar as mãos fica em um recipiente enorme, aparentemente não muito limpo… considere ter um vidrinho de álcool gel sempre perto de você durante a viagem ?

Já mais aliviados (se é que me entendem ?), encontramos nosso grupo reunido para o café da manhã em uma das mesas de sal.

O café seguiu o padrão dos outros dias. Tinha pães, biscoitos, doce de leite, ovos mexidos, chá, geleia e outras coisinhas.

Geisi e a lhama de sal (repare nos flamingos “mortos” do lado da lhama kkkk)

Fotos em perspectiva

Sem demorar muito no café, voltamos correndo para fora para curtir um pouco mais do Salar.

Aproveitamos também para fazer algumas fotos no monumento das bandeiras, outro ponto super disputado pelos turistas!

Monumento das bandeiras – visto de cima, este monumento tem a forma de uma estrela

Já de volta ao meio do Salar, era o momento de colocar a criatividade pra trabalhar e fazer algumas daquelas fotos em perspectiva!

Pode até parecer fácil, mas pra tirar umas fotos assim, são muitas e muitas tentativas.

Se você estiver com uma câmera DLSR (aquelas consideradas profissionais) e fotografando no modo automático fica ainda mais difícil! Isto porque a câmera tenderá a fazer o foco no que tiver na frete, e o que estiver atrás vai ficar totalmente embaçado.

Então, se você for com uma câmera assim, o indicado é deixar a abertura da câmera em, pelo menos, f11. Assim, é certeza que tudo sairá em foco. Se a sua máquina ou celular não te permite mexer nas configurações, desconsidere isso, ok?! 

Pra sairmos os 4 na foto, deixei a câmera já no ponto certinho e a entreguei para o Ruben fazer alguns cliques nossos – ele, que já é acostumado a fotografar os turistas, fez fotos super divertidas por sinal!

O Ruben e os outros guias que estavam por lá também tinham alguns paranauês para fotos assim. Aproveitamos a oportunidade e, para dar aquela incrementada nas fotos, pegamos uns banquinhos e um dinossauro emprestado com eles. O resultado foi esse ai:

Outra coisa que é importante dizer: o Salar alagado torna tudo mais difícil! Onde a água espirra, magicamente e quase que instantaneamente vira sal. Então já dá pra imaginar a bagunça né? Se as câmeras ficaram cheias de sal, imagine a gente!

Com a diversão toda, nem vimos o tempo passar e quando fui olhar o relógio já era quase meio dia. Neste ponto, a maioria dos grupos já estavam retornando e o Ruben nos chamou para voltar também.

Apesar da vontade de ficar um pouquinho mais no meio daquele lugar único, a fome e o cansaço já estavam batendo novamente. Voltamos todos para o carro e seguimos até Colchani.


Feira de Colchani

A feirinha de Colchani, que fica próxima a Uyuni, é um excelente lugar para comprar aquela lembrancinha para os familiares ou algo para si mesmo.

Nesta feira encontramos os melhores preços da viagem, sendo que a variedade de coisas também é bem legal. Tinha blusas, cachecóis, toucas, luvas e muitas outras peças de roupas feitas de lã de alpaca, imãs de geladeira, objetos como porta-copos, porta-joias, estátuas, chaveiros feitos de sal, e várias outras coisas.

Nós ainda teríamos muitos dias de viagem pela frente e não queríamos ficar carregando muita coisa, então só compramos um chaveirinho (5 bol) e uma faixa de cabelo para a Geisi (15 bol).

Uma dica pra quem for passar por lá é evitar comprar coisas feitas de sal – imã, chaveiro, enfeites... Com a umidade do nosso clima, eles acabam derretendo e você perderá o que comprou. Uma pena, né?

Feira de Colchani

Algo que nos chamou a atenção e que tivemos que provar foram as cervejas artesanais vendidas na feira. Os sabores eram bem diferentes: tinha de cacto, de coca e de quinoa.

Fui na de quinoa e o Fábio pegou uma de cacto. O sabor era bem diferente de todas as cervejas que já tomei na vida – e olha que não foram poucas . Cada cerveja custou 15 bol.

À esquerda a cerveja de coca –  à direita a de quinoa

Ficamos rodando de barraca em barraca até que vimos uma alpaca bonitinha circulando livremente pela rua. Livremente em termos, já que ela parecia uma celebridade, a cada passo, vinha um turista tirar uma foto. rsrs

Também fomos tietar ela que, de forma bem educada, se dispôs a fazer uma foto com a gente:

Diga xiiiiiisss

Hora do almoço

Alguns bons minutos passeando pela feira (que não era muito grande) e o Ruben nos chamou para almoçar. O almoço seria servido em um restaurante que fica na própria feirinha.

Para entrar no restaurante tivemos que passar no meio de umas barracas… Eita lugar estranho!!! Eu nunca imaginaria que ali pudesse ser um restaurante…

O Ruben tinha separado uma mesa pra gente. Me acomodei e comecei a reparar no lugar.

Sabe aqueles botecos bem “copo sujo” aqui do Brasil? Esta era a melhor descrição do ambiente. Mesas e cadeiras de plástico, na parede um monte de calendários e fotos de mulheres peladas e em um canto tinha uma espécie de manequim que era realmente assustador kkk

Ok! Apesar do lugar ser estranho, eu sabia que a comida ia ser legal. Todas as outras tinham sido, então provavelmente a nossa última refeição não seria diferente. (Só que não ?)

Aos poucos um cara que trabalha no restaurante foi trazendo os pratos: salada de cenoura, batata e repolho, quinoa e uma carne muito estranha.

Com aquela cara de carne de “brontossauro”, não precisa falar que ninguém quis comer, né? Alguns ficaram só na quinoa e teve aqueles que ainda arriscaram a salada. Ainda bem que rolou uma maçã de sobremesa pra complementar o almoço! 

Quando o Ruben foi retirar os pratos, ele ainda comentou algo sobre ninguém ter comido a carne… e nós, com aquele sorriso amarelo, só concordamos.


Hora de partir

Fim do passeio, voltamos para o hotel. Dali, o paulista e a alemã que estavam no nosso grupo seguiriam viagem. Nos despedimos de todos, inclusive do Ruben e fomos negociar mais uma diária no hotel.

Ainda era pouco mais de 13 horas, nosso ônibus estava previsto para as 20:30h e a vontade de tomar um bom banho, tirar as roupas salgadas e descansar um pouquinho era grande. Por mais que quiséssemos economizar, não dava pra ficar aquele tempo todo na rua.

A diária nos custou 50 bolivianos por casal (+ou- R$ 25) e ainda alugamos um secador de cabelo para as meninas por 5 bol (+ou- R$2,50).

Ficamos no hotel até umas 20:10, e depois seguimos para a Todo Turismo, que era a empresa de ônibus que iria nos levar pra La Paz.


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Depois destes dias um pouco mais roots, era hora de seguir para a capital boliviana.

Em La Paz, teríamos o primeiro dia para conhecer a cidade, o segundo para descer a temida estrada da morte de bike e o terceiro para atingirmos o topo do monte Chacaltaya!

Confira aqui o que fazer em La Paz e como ficou o nosso roteiro por lá!

Um abraço!



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Flávio é mineiro, formado em Direito e já morou em várias cidades diferentes. Tem a fotografia como hobby e o blog como forma de dividir com outros suas experiências e seus clicks.

2 Comments

  1. Amei os relatos. Tô mais encantada ainda com esse lugar. Queria saber quanto custou essa travessia ?

    Grata

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