Maras e Moray são dois lugares bem próximos a Cusco e fazem parte do imenso Vale Sagrado dos Incas.

Maras é uma cidade pequena e bem simples, mas possui um atrativo que chama a atenção de turistas do mundo inteiro: uma salina com mais de 4000 poços de sal, que se encontra encravada em um vale cercado por altas montanhas.

O cenário, com aquela infinidade de poços, resulta em um lugar super bonito e fotogênico!

E bem próximo à Maras fica Moray, um sítio arqueológico inca formado basicamente por imensos terraços circulares construídos no chão. Segundo estudos, as estruturas com diversos degraus eram utilizadas como um laboratório agrícola pelos incas.

Assim como a antiga cidade inca de Machu Picchu, Maras e Moray são lugares que merecem estar no roteiro de qualquer viajante que passa por Cusco.

Neste post vou contar tudo o que você precisa saber para também fazer este passeio.

Veja as principais dicas sobre o tour de Maras e Moray e leia também como foi a nossa experiência nestes lugares.

Vamos lá!


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As ruínas de Moray
As ruínas de Moray

Como fazer o tour de Maras e Moray?

O tour de Maras e Moray é oferecido de várias formas pelas empresas de turismo de Cusco.

O formato mais comum (que é o que a maioria dos turistas escolhem) é encaixar Maras e Moray em outros atrativos do Vale Sagrado, como Pisac e Ollantaytambo.

Algumas agências ainda conseguem fazer o milagre de oferecer o “super combo Vale Sagrado + Maras e Moray + Vale Sul” em um tour de um dia só. Não caia nessa!

Para mim, juntar Maras e Moray com os outros atrativos do Vale Sagrado não é a melhor opção. E fazer o Vale Sul junto com os outros é um erro enorme.

O tour Maras e Moray não é um passeio de dia inteiro, então concordo que até daria para encaixar alguma outra atração. Entretanto, tanto o Vale Sagrado quanto o Vale Sul são lugares que merecem ser explorados com mais calma, e para isso é necessário mais do que meio dia.

Maras e Moray, Cusco, Peru
Moray: cada nível destes grandes círculos era utilizado para testar o cultivo de um ou mais tipos de plantas

Se você optar por juntar tudo em um mesmo dia, o seu passeio ficará extremamente corrido e você acabará não conseguindo subir todos os degraus de Ollantaytambo, contornar todos os círculos de Moray, subir e descer a montanha de Pisac ou visitar as lojas de sal que ficam no centro de Maras.

Fazendo este “combo de passeios”, seu tour vai se resumir a descer da van, fotografar, voltar pra van e já partir para a próxima atração.

Resumindo, você acabará não conhecendo os lugares como deveria.

Se você tiver tempo, faça esses passeios da seguinte forma:

  • um dia para as ruínas de Tipón, Pikillacta e a cidadezinha Andahuaylillas, no Vale Sul;
  • um dia para Maras e Moray, passando por Chinchero (vou comentar sobre Chinchero mais à frente);
  • um dia para Pisac e Ollantaytambo, visitando inclusive a feirinha de Pisac e a cidade de Ollantaytambo.

Para dicas completas de roteiros para Cusco (incluindo Machu Picchu), confira o post: Cusco – roteiro completo para 3, 5 ou 7 dias

Maras e Moray

Existem algumas formas para fazer o passeio de Maras e Moray, e entre elas estão:
– Tour coletivo
– Tour privado
– Táxi
– Carro alugado

Se você for com alguma agência em um tour coletivo ou privado certamente haverá um guia acompanhando todo o passeio. Mas se você for de táxi ou carro alugado, não contará com o guia.

Então, se você não for com uma agência, sugiro que pelo menos em Moray você contrate um dos guias locais que ficam na portaria do sítio arqueológico. Assim você vai conhecer detalhes interessantes sobre a história por trás das construções e o passeio será muito mais do que observar um monte de círculos construídos no chão.

Quanto tempo dura o passeio de Maras e Moray?

Nós fizemos o passeio coletivo com uma agência de turismo e o tour iniciou-se às 8h e terminou por volta das 14h.

Neste período deu pra conhecer bem tanto as salinas de Maras, quanto Moray.

No tour ainda estavam inclusos uma paradinha em uma comunidade de mulheres artesãs de Chinchero e no centro da cidadezinha de Maras, para provarmos (e adquirirmos) os produtos feitos com o sal extraído da montanha.

Como chegamos cedo em Cusco, aproveitamos ainda para turistar na cidade e fomos explorar o curioso Mercado Central de San Pedro e também comprar algumas lembrancinhas no Centro Artesanal de Cusco.


E por falar em Cusco, você já sabe onde vai se hospedar por lá?

Nossa melhor dica para a escolha de uma boa hospedagem em Cusco é considerar a localização do hotel.

Cusco está a 3400 metros de altitude e é cheia de ladeiras!

Então, para que você faça menos esforço físico, escolha se hospedar o mais próximo possível da Plaza de Armas.

Se você estiver procurando um lugar mais barato mas organizado e limpinho, sugiro que dê uma olhadinha no Hotel Casa Campesina.
Se quer um lugar com mais conforto, nossa indicação é o Cooper Hotel.
Mas se você quer desfrutar de todo o luxo de um hotel 5 estrelas, confira o Belmond Hotel Monastério.


Leia depois: Onde ficar em Cusco


Como contratamos o passeio de Maras e Moray?

Todos os passeios que fizemos em Cusco fechamos com o Fermin.

Se você já leu os outros posts que publicamos sobre Cusco, já deve conhecê-lo. Mas se você está chegando agora, o Fermin é um peruano que mora em Cusco e trabalha com turismo.

Ele atua em parceria com boas agências de Cusco e dá o maior apoio para brasileiros que precisam contratar os tour. Além disso, o Fermin ainda ajuda com dicas sobre a cidade e também com roteiro.

Ele atende pelo WhatsApp (+51 9 8449-5553) e compreende bem o português, o que é um diferencial.

Gostamos bastante do serviço dele e por isso indicamos.

Caso queira pesquisar valores, nos arredores da Plaza de Armas existem várias agências, então não é difícil contratar os tours por lá.

Mas se você já quer sair do Brasil com tudo fechado e economizar tempo na cidade, outra opção confiável é a Denomades, que oferece os passeios em parceria com as melhores agências do Peru e de outros países da América do Sul, sem cobrar mais caro por isso.

Confira todos os passeios oferecidos em Cusco (com preços e mais detalhes) neste link.

Maras e Moray

É necessário ter o Boleto Turístico?

De forma bem resumida, o Boleto Turístico é um ingresso para as principais atrações que ficam em Cusco e região.

Existem 4 tipos diferentes de Boleto Turístico: 3 englobam algumas atrações específicas de Cusco e região e um deles abrange todas atrações em um único boleto.

Para entrar em Moray é necessário o Boleto Circuito III (Circuito Valle Sagrado) ou o Boleto Integral.

Já a entrada em Maras não está inclusa em nenhum tipo de boleto turístico, sendo necessário paga-la à parte. O valor da entrada nas salinas é de 10 soles (preço de maio/2019).

Veja aqui como funciona cada tipo de Boleto em Cusco e decida qual é o melhor para você!

Tour Maras e Moray: nossa experiência

Por indicação do Fermin modificamos nosso roteiro e separamos o tour de Maras e Moray do tour do Valle Sagrado. A ideia de fazer cada passeio em um dia específico, nos favoreceu no sentido de permitir que conhecêssemos tudo com mais tranquilidade.

Na manhã do nosso quinto dia em Cusco, fomos até a Plaza Central encontrar com a nossa guia (a mesma que nos acompanhou no City Tour) e com o grupo ao qual nos juntaríamos.

A van partiu às 8h, como havíamos combinado.

Como nos dias anteriores tínhamos feito um monte de passeios, inclusive Machu Picchu, o cansaço estava batendo. Mesmo assim estávamos animados! Não é todo dia que a gente visita salinas gigantes em uma montanha e sítios arqueológicos ancestrais!

Leia depois: Machu Picchu – 7 dicas que podem salvar a sua viagem

Chinchero

Chinchero é uma cidade pequenininha que fica a 30km de Cusco.

A cidade também conta com algumas ruínas incas que podem ser visitadas, e até estão incluídas no Boleto Turístico Geral e no Circuito III, mas nossa parada lá foi por outro motivo.

Fomos visitar uma espécie de comunidade de mulheres quéchuas que trabalha a lã de animais como lhamas e alpacas, tecem vários tipos de roupas e vendem tudo em uma feira.

Logo que chegamos na comunidade, várias das mulheres nos recepcionaram cantando uma canção na língua nativa local. Elas vestiam saias volumosas e rodadas, blusas de lã vermelhas e um grande chapéu que lembrava um sombreiro. A vestimenta de todas elas eram bem semelhantes, inclusive na cor.

Tour Maras e Moray: visita a Chinchero
As mulheres artesãs de Chinchero

Depois da canção, que durou no máximo uns dois minutos, fomos convidados a entrar no local em que elas trabalham e assistir uma explicação sobre a forma artesanal de confecção das roupas.

Após todo o grupo se acomodar, uma jovem também vestida com trajes típicos foi nos explicando, entre uma piadinha e outra, o passo a passo do processo da extração da lã e todo o cuidado que elas tem com a limpeza e o tingimento do material. Ela nos mostrou também a forma como eram tecidas as peças em uma espécie de tear bem rústico.

No final da apresentação, a mocinha nos explicou que a comunidade sobrevivia da ajuda do turismo e pediu uma contribuição para quem quisesse ajudar.

Deu pra perceber que a comunidade era bem simples e que realmente elas dependiam dos turistas que auxiliavam com pequenas doações ou que compravam os seus produtos.

A apresentação delas foi bem interessante e pudemos aprender um pouco mais sobre a cultura quéchua. Achei fantástica a forma como elas mantinham viva a tradição milenar de seu povo. A contribuição pedida foi mais do que justa.

No final, a Geisi ainda acabou comprando um cachecol.

Explorando Moray

Próxima parada: Moray!

Apresentamos nosso boleto turístico e entramos no sítio arqueológico.

Como comentei lá no comecinho do post, as ruínas presentes em Moray são formadas por imensos círculos escavados no chão, em diferentes níveis.

Nossa guia nos explicou que alguns estudos científicos indicam que os grandes degraus serviam para simular climas diferentes. Era como se eles fossem um grande laboratório a céu aberto.

Nos degraus que ficavam na parte mais alta, a pressão e a ação de agentes naturais como do vento é bem maior do que nos degraus inferiores. A diferença de temperatura e umidade entre os degraus de cima para os debaixo também é bem grande.

Neste laboratório natural, os incas faziam experimentos com batatas, milho, quinoa, mandioca, tomate e outros tipos de legumes e verduras. Plantavam os mesmos cultivos em diferentes degraus e analisavam onde a planta se desenvolvia melhor. Incrível a sabedoria deles, não é?

Moray (Repare no tamanho das pessoas lá embaixo)
Moray (Repare no tamanho das pessoas lá embaixo)

Além de bem funcional, as construções incas são surpreendentemente bonitas. Os círculos foram elaborados de forma que acompanhassem o relevo das montanhas ao redor.

Para acessar cada nível é necessário encontrar alguns degraus entalhados nas pedras que estão encravadas nas paredes, que também são de pedra.

Ao todo existem três conjuntos de círculos, e você pode contornar todos por uma trilha.

Mas vá com calma! Moray está a 3500 metros de altitude e os círculos são imensos. Se você se apressar, o mal da altitude pode dar as caras e atrapalhar o seu passeio.

O centrinho de Maras

De Moray seguimos para nosso próximo destino, a cidade e as salinas (ou salineiras) de Maras.

A cidade de Maras é tão simples e pacata quanto Chinchero e tira seu sustento principalmente da extração e comercialização do sal.

Não ficamos muito tempo por lá. Fizemos uma paradinha em uma loja que vendia artesanatos, roupas feitas de lã e, é claro, muitos produtos feitos com sal.

Loja no centro de Maras

Senti que esta parada, assim como a que fizemos em Chinchero, foi mais para ajudar o comércio local. De qualquer forma, foi muito bem vinda. No tour não estava incluída a parada para o almoço e como a fome já estava batendo, aproveitamos para comer um “choclo con queso” ou, no bom português, milho com queijo.

Um fato curioso é que os milhos do Peru são bem maiores que os nossos, e na minha opinião, mais gostosos também.

Aproveitamos a paradinha e compramos uns pacotinhos de sal. Haja espaço no mochilão!

Ficamos pouco mais do que 10 minutinhos na loja e seguimos para a última atração do dia.

Salinas de Maras

Você sabe de onde vem o sal das salinas de Maras?

Não? Eu também não sabia… Mas logo no início do passeio a nossa guia matou essa curiosidade.

Ela nos explicou que os sais de Maras são trazidos por um riacho subterrâneo que emerge de dentro da montanha por meio de uma canalização natural e vão se acumulando nas diversas poças.

À partir daí, as poças secam e o sal é extraído.

Em Maras são obtidos diversos tipos de sais. Alguns são consumidos na alimentação, já outros são utilizados em produtos como sais de banho ou medicamentos. Cada um tem a sua granulação e também a sua cor.

Salinas de Maras
Salinas de Maras

Esta diversidade de sais é que torna a salina ainda mais interessante, fazendo com que as poças ganhem cores diferentes entre si. Mas essa diferença de tonalidade depende da luminosidade e também do clima. Quando fomos, havia chovido e as poças estavam mais pra marrom.

Outra fato interessante relacionado às Salinas de Maras é que a exploração do sal vem de muitos e muitos anos, sendo uma atividade que povos pré-incas já dominavam.

Ano após ano o sal vem sendo retirado da montanha e a fonte parece ser inesgotável!

Hoje em dia, as salinas são trabalhadas por famílias que residem em Maras, sendo que cada uma tem direito de explorar até 40 poços.

Nosso passeio em Maras se resumiu a contornar as várias poças de sal, fazer muitas fotos naquele cenário super diferente e, como não poderia ser diferente, colocar o dedo na água e levar na boca pra ver se era realmente salgada.

E era! kkk

Salinas de Maras

Depois de explorarmos bastante as salinas, retornamos à van e seguimos para Cusco para encerrar o passeio.

Este tour, assim como os outros que fizemos em Cusco (confira todos aqui), foi bem interessante e indico para todo mundo que curte lugares diferentes, muita cultura e também muita história.


Existe ainda outra forma de fazer esse tour, só que com muito mais emoção: em um passeio de quadriciclo!

A van leva os visitantes de Cusco até Chinchero, onde a aventura começa. O tour no quadriciclo passa pela igrejinha de Tiobamba, pelas salineras de Maras e pelo sítio arqueológico de Moray. Confira mais detalhes sobre o roteiro e faça sua reserva aqui.

Espero que este post ajude na sua programação. Se ficou alguma dúvida, deixe um comentário abaixo!

Se você já conhece Maras e Moray compartilhe com a gente a sua experiência!


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Flávio é mineiro, formado em Direito e já morou em várias cidades diferentes. Tem a fotografia como hobby e o blog como forma de dividir com outros suas experiências e seus clicks.

5 Comments

    • Flávio Borges Responder

      Lembro sim! O tour custou 35 soles por pessoa (+ou- 37 reais) e teve também a taxa para entrar em Maras que foi de 10 soles (+ou- 11 reais).

      Abraços!

  1. Mariana Menezes Responder

    Essa região de Maras e Moray é lindíssima! Eu fui correndo, visitei tudo em um dia, mas já deu pra perceber que é um lugar para explorar com mais calma. Salineras eu achei incrível! Um lugar belíssimo que não dá pra ter noção nas fotos, ao vivo é muito melhor!

  2. Excelente artigo, Flávio!
    Fizemos um roteiro pela região e visitamos Chinchero e Maras, mas acabamos deixando Moray de fora. Depois seguimos para Ollataytambo. Saudades desta viagem!

    • Flávio Borges Responder

      Fala, Jair!

      Esta foi uma das melhores viagens que já fiz. O Peru é um país incrível e a região de Cusco é um lugar para se visitar pelo menos uma vez na vida.

      Abraços

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